sexta-feira, 29 de abril de 2016

ENTIDADES REALIZAM PARALISAÇÃO E ATO PÚBLICO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

CPP, APAMPESP, UDEMO e APASE promovem Ato Público
com o lema "Luto pela Educação". APEOESP realiza Assembleia
e pode deflagrar greve. Imagem ilustrativa do blog "Transverso"

Os profissionais da educação do Estado de São Paulo, através de quatro entidades, CPP, APAMPESP, UDEMO e APASE, realizam uma paralisação e um Ato Público, nesta sexta-feira (29/04), em repúdio ao descaso do Governo com a educação. O Ato Público com o lema "Luto pela Educação", ocorrerá as 15 horas, na Praça da República, em São Paulo, e todos foram convocados a comparecer vestidos de preto.

As entidades do magistério pretendem mostrar a indignação de todos pela ausência de uma política salarial para a categoria e pela constante desvalorização do magistério. Entre as reivindicações estão um reajuste de 16% no piso salarial para ativos e aposentados, o cumprimento da data-base de 10/03 e abertura de concurso público. 

A APEOESP, maior sindicato da rede estadual de educação, também participa da paralisação e realiza uma manifestação na Av. Paulista, a partir das 14 horas. A entidade realizará uma assembleia dos professores e poderá decidir pela realização de uma greve a partir de hoje. A AFUSE, que representa os funcionários que trabalham na educação optou por calendário próprio e realizará manifestação em outra data. 

A união entre as entidades, esboçada na paralisação desde sexta-feira, é o único caminho para a conquista de melhorias para os profissionais e para a educação. Mas ainda está longe do ideal. Percebe-se que hoje ocorrerão duas manifestações separadas, uma da APEOESP na Av. Paulista e outra do CPP, UDEMO, APAMPESP e APASE na Praça da República. Enquanto isso, a AFUSE sequer vai participar. 

Todos estão no mesmo barco chamado "educação": professores, diretores, funcionários e supervisores. Se as coisas caminharem bem, fica bom pra todos. Se as coisas caminharem mal, fica ruim pra todos. Por isso, é preciso ter a noção de que somente com a união de todos os profissionais da educação e de todas as entidades representativas, as vitórias e as conquistas virão. E vamos a luta!

Professor Ricardo Pereira


CPP - Centro do Professorado Paulista

UDEMO - Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo

APAMPESP - Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo

APASE - Sindicato dos Supervisores de Ensino do Magistério Oficial do Estado de São Paulo

APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

AFUSE - Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo

terça-feira, 26 de abril de 2016

DEPUTADOS APROVAM LEI QUE PROÍBE PROFESSOR DE FALAR SOBRE POLÍTICA, IDEOLOGIA E RELIGIÃO EM SALA DE AULA

Professores protestam contra aprovação da Lei Escola Livre,
em frente a Assembleia Legislativa de Alagoas
Foto de Andreza Araujo / Publicada na UOL Educação

Os deputados estaduais do Estado de Alagoas aprovaram uma lei que proíbe os professores de manifestar suas opiniões sobre assuntos políticos, ideológicos e religiosos em sala de aula, bem como impede os docentes de incentivar seus alunos a participar de manifestações, atos públicos ou passeatas. Segundo a lei, os educadores ficam obrigados a manter a neutralidade durante as aulas e, em caso de descumprimento, estarão sujeitos até a pena de demissão.

O Projeto de Lei denominado de "Escola Livre", de autoria do Deputado Estadual Ricardo Nezinho (PMDB), foi aprovado pela Assembleia Legislativa em novembro de 2015. Em janeiro de 2016, o Governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho, vetou integralmente a lei, alegando inconstitucionalidade. Na tarde de hoje (26/04), os deputados derrubaram o veto do Governador e a lei será publicada.

É muita ironia denominar uma lei desse tipo de Projeto "Escola Livre". Que escola livre é essa que pune o professor por expressar opiniões em sala de aula??? Que escola livre é essa que pune o professor por incentivar o aluno a participar de atos de cidadania como manifestações e passeatas??? Escola livre coisa nenhuma!!! Muito pelo contrário, essa lei não cria uma "escola livre", mas sim uma escola antidemocrática, uma escola sem liberdade de expressão, uma escola do medo, repressiva. 

Pois é, os senhores deputados alagoanos acabaram de proibir o professor de falar de política em sala de aula, em pleno momento que a situação política do país está escancarada em todos os veículos de comunicação, televisão, jornais, revistas, rádios, sites, redes sociais, etc. Os senhores deputados acabaram de proibir o professor de estimular os alunos a participar de manifestações, em pleno momento que o brasileiro está aprendendo a protestar na busca por um país melhor. Algo absurdo, totalmente fora de contexto, sem justificativas.

A aprovação dessa lei pelos deputados alagoanos, serve de exemplo para ilustrar que os políticos que estão no poder no Brasil não têm a mínima formação humanística e nem o preparo técnico necessário para ocupar os cargos e funções que exercem. Desses que estão aí, só podemos esperar absurdos como esse que fizeram em Alagoas.  

Professor Ricardo Pereira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO OFERECE CURSOS DE PRIMEIRA LICENCIATURA PARA PROFESSORES SEM NÍVEL SUPERIOR


O Ministério da Educação, através da Rede Universidade do Professor, está oferecendo 105 mil vagas em cursos de primeira licenciatura para professores que ainda não possuem nível superior. Os cursos são gratuitos e estão disponíveis na modalidade a distância, no âmbito do sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB), ou na modalidade presencial, em vagas remanescentes das universidades federais. As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de maio, no site da Plataforma Freire na internet.

Faça sua INSCRIÇÃO no link: http://freire.capes.gov.br/ 

A Rede Universidade do Professor, lançada em 28 de março de 2016, pelo Ministério da Educação, é um programa que tem por objetivo sistematizar a oferta de formação inicial e continuada dos professores da rede pública de educação básica. A Universidade do Professor pretende oferecer cursos visando atender as seguintes situações:

1) Primeira licenciatura, para professores sem nível superior;
2) Segunda licenciatura, para professores licenciados, mas que atuam fora da área de formação;
3) Formação pedagógica, para professores graduados mas sem licenciatura.

Resta saber se caso ocorrer a troca de governo devido ao provável impeachment da Presidente Dilma, tal programa será mantido. Vamos aguardar.
   
Professor Ricardo Pereira